O Papa Francisco enviou uma mensagem ao secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Rev. Olav Fykse Tveit, pelo 50º aniversário do grupo misto de trabalho entre a Igreja Católica e esse organismo.
“O nosso diálogo deve continuar”, frisa o Pontífice no documento lido na tarde desta terça-feira (23) pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, no encontro comemorativo realizado, em Roma, no Centro Pró-união.
Dor pelo escândalo da divisão entre cristãos
Em sua mensagem, o Papa Francisco manifesta satisfação pelas relações ecumênicas significativas existentes hoje e por todos os objetivos alcançados durante os anos, “inspirados no desejo de unidade que Cristo pretende para a Igreja, Seu corpo, e na dor pelo escândalo da divisão entre cristãos”.
O Pontífice pede ao grupo misto de trabalho para não ser somente “um fórum introspectivo”, mas um “viveiro de ideias concretas, abertas a todas as oportunidades e desafios que hoje as Igrejas enfrentam em sua missão de acompanhar a humanidade sofredora, difundindo na sociedade e na cultura os valores e as verdades do Evangelho”.
Igreja unida seja sinal de esperança e instrumento de reconciliação
Lembrando ainda o sofrimento causado pela divisão entre os cristãos, Francisco exorta o grupo misto de trabalho entre a Igreja Católica e o CMI a abordar “os temas ecumênicos cruciais” e a “promover maneiras de testemunhar uma comunhão real, mesmo que imperfeita, entre todos os batizados”.
O Papa deseja o “dom da unidade plenamente visível entre todos os cristãos para que a Igreja possa ser sempre mais um sinal de esperança no mundo e um instrumento de reconciliação entre os povos”.