PAPA: CONFERÊNCIA DE PARIS, CORAGEM DE DECISÕES IMPORTANTES

Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco disse que está acompanhando com muita atenção os trabalhos da Conferência sobre o Clima (Cop 21) que se realiza, em Paris, e recordou uma pergunta que fez em sua Encíclica ‘Laudato si’:

“Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai nos suceder, às crianças que estão crescendo? Para o bem da casa comum, de todos nós e das gerações futuras, em Paris, todos os esforços devem ser destinados a aliviar os impactos das mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, combater a pobreza e fazer florescer a dignidade humana. As duas escolhas caminham juntas: deter as mudanças climáticas e combater a pobreza para que floresça a dignidade humana. Rezemos para que o Espírito Santo ilumine todos os que são chamados a tomar decisões tão importantes e que Deus lhes dê a coragem de manter como critério de escolha o bem de toda a família humana.”

O Papa lembrou que nesta segunda-feira, se celebra o quinquagésimo aniversário de um evento memorável entre católicos e ortodoxos.

“Em 7 de dezembro de 1965, vigília da conclusão do Concílio Vaticano II, com a Declaração comum do Papa Paulo VI e do Patriarca Ecumênico Atenágoras, foram apagadas da memória as sentenças de excomunhão entre as Igrejas de Roma e Constantinopla em 1054. É realmente providencial que aquele gesto histórico de reconciliação, que criou as condições para um novo diálogo entre ortodoxos e católicos no amor e na verdade, seja lembrado no início do Jubileu da Misericórdia. Não há caminho autêntico rumo à unidade sem pedir perdão a Deus e entre nós pelo pecado da divisão. Recordamos em nossa oração o querido Patriarca Ecumênico Bartolomeu e os outros Chefes das Igrejas Ortodoxas, e peçamos ao Senhor para que as relações entre católicos e ortodoxos sejam sempre inspiradas no amor fraterno.”

Francisco recordou que neste sábado (05/12), foram beatificados em Chimbote, no Peru, os missionários Pe. Michele Tomaszek e Pe. Zbigniew Strzałkowski, franciscanos conventuais poloneses, e o Pe. Alessandro Dordi, Sacerdote fidei donum italiano, mortos por ódio à fé em 1991. “A fidelidade desses mártires em seguir Jesus dê força a todos nós, mas sobretudo aos cristãos perseguidos em várias partes do mundo, de testemunhar o Evangelho com coragem”, sublinhou o Papa.

O Pontífice pediu aos peregrinos provenientes da Itália e outras partes do mundo para rezarem por ele.