PAPA: REAÇÃO MORAL DIANTE DE GUERRAS E TERRORISMO

O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã de quinta-feira (17) os embaixadores de Guiné, Letônia, Índia e Barein, para a apresentação de suas credenciais.

Em seu discurso, o Pontífice citou a publicação, dois dias atrás, de sua Mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz, em que exorta a vencer a globalização da indiferença, uma das tendências negativas de nossa época.

Humanismo desequilibrado

Francisco recordou que são muitas as formas com as quais esta atitude de indiferença se manifesta, mas tem em sua raiz um “humanismo desequilibrado”, em que o homem ocupou o lugar de Deus, ficando – por sua vez – vítimas de várias formas de idolatria.

Estando em si interligadas a indiferença em relação a Deus, ao próximo e ao meio ambiente, a resposta a este desafio deve ser única, isto é, promovendo um renovado humanismo, que coloque novamente o ser humano na sua justa relação com o Criador, com os outros e com a criação. Para isso, o Papa destaca o papel dos meios de comunicação e da escola.

Ano marcado por violência

Fazendo um balanço do ano que está para se concluir, o Pontífice afirmou que, infelizmente, 2015 foi marcado por um multiplicar-se de conflitos violentos, seja bélicos, seja terroristas.

Por outro lado, analisou, esta situação está provocando sempre mais nas consciências mais amadurecidas uma reação não violenta, mas espiritual e moral. “É esta reação que nós queremos e devemos alimentar com os meios à nossa disposição e segundo as nossas responsabilidades”, disse Francisco, citando o Jubileu da Misericórdia, convocado com a finalidade de difundir em todo o mundo o espírito do perdão e da reconciliação.

Neste Ano Jubilar, prosseguiu, “desejo formular um apelo aos responsáveis pelos Estados a realizarem gestos concretos em favor dos irmãos que sofrem com a falta de trabalho, terra e teto”.

Liberdade religiosa

Ao concluir suas reflexões, o Papa fez votos de profícuo trabalho aos novos embaixadores, garantindo que a Santa Sé se empenha em instaurar com os países que representam um diálogo aberto e respeitoso. “Eu os encorajo a colaborar sempre de maneira leal ao bem comum de toda a sociedade. E melhor poderão fazê-lo quanto mais será reconhecida efetivamente a liberdade religiosa.”