A cidade de Itapetininga, sede de nossa Diocese comemora nesta quarta-feira (5) seus 244 anos de emancipação política.
A exemplo de muitos municípios do interior do estado de São Paulo, Itapetininga também se desenvolveu na esteira do tropeirismo. O local foi ponto de descanso dos tropeiros, que montavam ranchos e arraiais para o pouso, antes de seguirem em direção ao Sul. O primeiro núcleo de tropeiros na região de Itapetininga surgiu em 1724, quando descobriu-se que o pasto no local era abundante e a terra fértil para o plantio. A estes fatores somou-se a distância da Vila de Sorocaba – 12 léguas – que correspondia a uma jornada de tropa solta. Por volta de 1760, um grupo de portugueses, chefiado por Domingos José Vieira, deixou o primeiro núcleo (hoje, bairro do Porto) e formou outro, em um local alto e circundado por dois ribeirões.
Nessa época houve uma disputa entre os dois núcleos que queriam ser elevados à condição de vila. Resultado: em 17 de abril de 1770, Simão Barbosa Franco foi nomeado para fundar a administrar o novo povoado, cabendo a ele a escolha do núcleo principal. Historiadores contam que uma mula ruana marchadeira, ofertada como presente a Simão Barbosa Franco, garantiu a vitória de Domingos José Vieira. A vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Itapetininga foi oficialmente criada no dia 5 de novembro de 1770, quando foi celebrada uma missa solene pelo vigário da nova paróquia, Pe. Inácio de Araújo Ferreira. É nessa data que convencionou-se comemorar o aniversário do município.
Além de Simão Barbosa Franco e Domingos José Vieira, o ituano Salvador de Oliveira Leme – o Sarutayá – se inclui entre os fundadores históricos do município, já que foi o segundo capitão-mor de Itapetininga (o primeiro foi Domingos José Vieira). A emancipação da Vila de Itapetininga aconteceu em 1852, através da Lei nº 11, de 17 de julho de 1852. A lei concedia autonomia judiciária, criando a comarca de Itapetininga. A vila, porém, só tornou-se município, de fato, em 13 de março de 1855, com o nome de Itapetininga.
A cidade de Itapetininga tem como padroeira Nossa Senhora dos Prazeres.
O vocábulo Itapetininga tem sua origem na linguagem indígena, especificamente no tronco tupi-guarani. Os estudos referentes ao nome dado à Itapetininga concluem que pode o mesmo ter três significados diferentes: Itáapé-tininga – caminho das pedras secas ou caminho seco das pedras;Itape-tininga – pedra chata, laje ou lajeado seco;Itá-pe-tininga – na pedra seca.
A tradução mais correta, porém, na opinião dos pesquisadores é que o vocábulo, é laje seca ou enxuta, sendo Itape uma contração de Itapebe (pedra chata, rasa ou plana) e tininga (seco, seca ou enxuta).
“Terra das Escolas”; “Atenas do Sul”, “Terra da Cultura” e “Terra da Hospitalidade” são nomes utilizados para caracterizar Itapetininga, sua educação de qualidade, sua localização privilegiada no Sul do Estado, a cultura transmitida por seu povo e a hospitalidade garantida a seus visitantes.
Hoje às 19h30 na Catedral Nossa Senhora dos Prazeres será celebrada uma Missa em Ação de Graças pelo aniversário da cidade.
Parabéns Itapetininga !!