O cuidado com a Casa Comum, preocupação exposta pelo Papa Francisco na sua encíclica Laudato Si, neste espírito o Regional Sul 1 da CNBB promoveu, neste final de semana, entre os dias 23 e 25 de outubro, no Centro de Espiritualidade Inaciana (CEI), em Indaiatuba, Itaici, o Encontro Estadual da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016, foi ecumênico, ou seja, reuniu outras igrejas cristãs além da católica.
A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016, terá como tema “Casa Comum: nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). Pela quarta vez, a Campanha da Fraternidade é realizada de forma ecumênica. Nesse ano, tem como objetivo geral “assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”.
As reflexões sobre o saneamento básico contidas no texto-base demonstram que esse é um direito humano fundamental e, como todos os outros direitos, requer a união de esforços entre sociedade civil e poder público no planejamento e na prestação de serviços e de cuidados.
Graças ao encontro e com o envolvimento do Regional, “conseguimos iniciar o processo de formação e planejamento para o período desta campanha; estudar o tema e tomar conhecimento dos subsídios do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – (CONIC) e preparar a atuação dos agentes motivadores da CFE do Regional Sul 1″, avalia o secretário estadual da CF, Toninho Evangelista.
Conforme relato de Toninho, segundo os dados da agência “Trata Brasil”, o tratamento do esgoto está diretamente implicado na qualidade de vida da população. O país, apesar de ser a sétima economia mundial, ocupa a triste posição de número 112, numa lista de 200 países, quando o assunto é tratar a produção de esgoto. A falta na elaboração de projetos, mais do que a falta de dinheiro, é a causa responsável de direcionar cerca de 3.500 piscinas olímpicas de esgoto diariamente em córregos e rios, nas 100 cidades mais ricas do Brasil.
Toninho, referindo-se à encíclica, ressaltou que, mudanças de comportamento frente ao nível de poluição, desmatamento e cuidado com a terra, nossa Casa Comum, são apresentadas no texto base da CFE. “A mudança de hábito é inevitável quando o assunto é manter um mundo sustentável às futuras gerações: reduzir, reciclar, reutilizar e recusar são exigências frente a um estilo consumista de vida”, assegura.
A respeito da participação de outras igrejas cristãs na Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, Toninho explica que “pela quarta vez, a organização da CF é feita de modo ecumênico envolvendo representantes das igrejas que compõem o CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs): Luterana, Anglicana, Presbiteriana, Síria Ortodoxa, Visão Mundial, Alianças de Batistas, além da católica”, conclui Toninho.
Sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 – O objetivo principal da iniciativa será chamar atenção para a questão do saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos.
Uma das grandes novidades desta quarta edição da campanha ecumênica, é a participação da Misereor, entidade episcopal da Igreja Católica da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina. A colaboração acontece em vista do desejo dos organizadores em transpor as fronteiras nacionais.
Imagens: Pascom/ CNBB Regional Sul 1