O 14º Encontro Diocesano da Pastoral do Dízimo contou com a participação de representantes de 39 paróquias de nossa diocese. Segundo informações dos organizadores, foi o encontro com maior representação no histórico de encontros da pastoral. Realizado no último domingo (30/07), na Casa de Retiros Betânia em Itapetininga (SP), o retiro teve caráter formativo para os agentes do dízimo e foi ministrado pelo Pe. Cristovam, assessor nacional da Pastoral do Dízimo. Além disso, o encontro celebrou os 50 anos de atuação da Pastoral na Diocese de Itapetininga.
O sacerdote foi um dos colaboradores do texto aprovado para o documento 106 da CNBB que trata sobre o “Dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas”. Ele falou para cerca de 300 agentes da pastoral a respeito do documento e abordou pontos fundamentais como as características do Dízimo, objetivos e sua finalidade.
Outro ponto importante destacado pelo Pe. Cristovam foi que “o fiel precisa ter consciência de que ele é corresponsável por sua comunidade e membro da Igreja, dessa forma, ao se tornar dizimista, ele está dando uma “contribuição” ao fazer a sua oferta”. Dessa maneira, os termos “pagar ou devolver” o dízimo estão incorretos, pois não transmitem o verdadeiro sentido do dízimo na Igreja.
Esteve presente também no encontro, o assessor diocesano da Pastoral do Dízimo, Pe. Marcos Donizetti de Souza. No início da tarde, ele se reuniu com os todos os coordenadores da pastoral, enquanto Pe. Cristovam tirava as dúvidas dos participantes.
Características ou Dimensões
De acordo com o assessor nacional, as características do Dízimo são quatro: religiosa, eclesial, missionária e caritativa. A primeira dimensão “tem haver com a relação do cristão com Deus, contribuindo com parte de seus bens, o fiel cultiva e aprofunda sua relação com Aquele de quem provém tudo ele é e tudo o que tem (..) a consciência do valor desses bens e de sua transitoriedade leva os fieis a contribuírem com o dízimo, na experiência de usar os bens materiais com liberdade e sem apego, buscando primeiro o Reino de Deus e a sua justiça”.
A segunda dimensão ou característica é a eclesial que, no doc. 106 afirma que, “com o dízimo o fiel vive a sua consciência de ser membro da Igreja, pela qual é o corresponsável contribuindo para que a comunidade disponha do necessário para realizar o culto divino e desenvolver sua missão”. Na dimensão missionária, “o fiel corresponsável por sua comunidade toma consciência de que há muitas comunidades que não conseguem prover suas necessidades com os próprios e que, precisam da colaboração de outros. O dízimo permite a partilha de recursos entre as paróquias de uma mesma Igreja Particular (diocese) e entre as Igrejas particulares, manifestando a comunhão que há entre elas”.
E na quarta dimensão, a caritativa, “se manifesta no cuidado com os pobres, por parte da comunidade. Uma das características das primeiras comunidades cristãs era de que, entre eles, ninguém passava necessidade, pois tudo era distribuído conforme a necessidade de cada um. A atenção com os pobres e suas necessidades é uma das características da Igreja Apostólica”.
Fotos: Pastoral do Dízimo/William Furtado
