06 de agosto: O Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos

No dia 6 de agosto, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promove mais uma edição do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos. A data, que faz memória a episódios trágicos vividos por cristãos em regiões de extrema violência e intolerância religiosa, será marcada por momentos de oração em todo o Brasil.

O convite à oração é também um chamado à solidariedade. Por meio da oração, a Igreja no Brasil expressa comunhão com aqueles que continuam sofrendo perseguição por professar a fé cristã. Segundo a ACN, o gesto é um ato de visibilidade e resistência: demonstrar que esses irmãos e irmãs perseguidos não estão sozinhos.

A data remonta a 6 de agosto de 2014, quando mais de 100 mil cristãos foram expulsos do norte do Iraque por terroristas do Estado Islâmico. Muitos fugiram durante a noite, levando apenas as roupas do corpo, e se refugiaram nas cidades curdas de Erbil e Dohuk. Desde então, a ACN tem intensificado a denúncia de violações aos direitos humanos cometidas contra cristãos em diversas partes do mundo.

A perseguição contra os cristãos é praticada tanto por regimes autoritários, como na China, na Eritreia, na Índia e no Irã, quanto por grupos terroristas e milícias armadas. Entre os principais abusos relatados estão deslocamento forçado de comunidades inteiras, sequestros, casamentos forçados, conversão compulsória de mulheres e meninas, além de intimidações, prisões arbitrárias e assassinatos de padres e líderes religiosos.

Neste ano de 2025, a imagem escolhida para ilustrar a campanha é a do padre Donald Martin Ye Naing Win, assassinado em Mianmar, após se recusar a se ajoelhar diante de guerrilheiros armados. Suas últimas palavras, registradas antes de seu martírio, foram: “Eu me ajoelho somente diante de Deus.” O testemunho de fé do sacerdote reforça o caráter profundamente espiritual da data.

A ACN atua em mais de 130 países e, conforme relatado no guia pastoral, o primeiro pedido que chega das comunidades perseguidas é claro: “Rezem por nós.” Assim, o apelo à oração no dia 6 de agosto é uma forma concreta de união com os que sofrem por seguir Jesus.

A Diocese de Itapetininga une-se, portanto, a esse movimento de comunhão e fé, incentivando todas as paróquias a promoverem momentos de oração, reflexão e solidariedade pelos cristãos perseguidos no mundo.