Concluiu-se na Alemanha a investigação sobre os casos de abusos contra alunos registrados na escola do Coral da Catedral de Regensburg (Ratisbona).
Os resultados foram revelados à imprensa na manhã desta quarta-feira (19/07) pelo advogado Ulrich Weber, encarregado pela diocese alemã de esclarecer o escândalo surgido após as primeiras denúncias em 2010.
550 crianças abusadas física e sexualmente
Seriam “prováveis” 550 – revelou o advogado aos jornalistas – as crianças abusadas fisicamente e psicologicamente na escola fundamental frequentada pelos pequenos coristas de Regensburg, no período investigado que vai de 1945 ao início dos anos 90.
A maior parte delas teria sofrido violências físicas, mas outras 60 também violências sexuais, enquanto outras tanto físicas quanto sexuais, por parte de sacerdotes e professores da escola.
49 responsáveis pelos abusos
Foram identificados 49 responsáveis pelos abusos, graças às denúncias das vítimas, que descreveram a escola como “prisão, inferno, campo de concentração”.
As vítimas também definiram os últimos anos passados na estrutura como “os piores de suas vidas, caracterizados pelo medo, violência e falta de ajuda”.
Por este motivo o advogado Weber – além das culpas objetivas dos abusadores, da instituição escolar e da Igreja, em vários níveis de responsabilidade, por não terem vigiado e sabido perceber as evidências dos abusos – também considerou responsáveis os próprios pais dos pequenos coristas, que não teriam dado atenção e o justo peso aos relatos dos filhos.
Mas também as autoridades do Estado teriam sido – segundo o advogado – negligentes nas inspeções escolares no que tange à tutela dos menores.
