DOM GORGÔNIO: QUARTA DE CINZAS MARCA INÍCIO DA QUARESMA

Nesta quarta-feira (10), a Igreja celebrou a Quarta-feira de Cinzas. A celebração, segundo Dom Gorgônio, marca o início do tempo quaresmal. “Este dia marca o compromisso com a humildade, penitência, reconciliação e renovação de vida. As cinzas que recebemos sobre nossas cabeças simbolizam este reconhecimento de que somos pó e pó iremos nos tornar. Que reconheçamos, então, nossa fragilidade, nossa pequenez, tenhamos essa humildade diante de Deus e saibamos suplicar a Sua misericórdia, para que Ele olhe por nós. Para que possamos reconhecer que somos o que somos pela graça de Deus”.

De acordo com o Bispo, a liturgia desta quarta-feira nos pede para <<rasgar nossos corações e não as vestes>>, ou seja, “a verdadeira conversão se dá no interior do coração das pessoas”. No Evangelho, temos também outras recomendações. “Fala que quando fizermos algum bem, seja feito não para aparecer nem ostentar vanglória ou poder, mas que seja em segredo. O Pai que conhece o segredo há de nos recompensar” e, Dom Gorgônio continua dizendo, <<quando orardes entra em teu quarto e fecha a porta>>, ou seja, “entra no íntimo do teu coração, fala com Deus na tua intimidade”. <<Quando deres esmola não toque a trombeta>>, “mas o faça com discrição, humildade”.

Assim, a Quaresma nos convida à interioridade, concluiu. Por isso, na Quarta de Cinzas e na Sexta-feira Santa (25/03) a Igreja nos pede para viver o jejum e a abstinência. “No jejum, devemos fazer um domínio de nós mesmos, rejeitando, renunciando algumas coisas que apetecem nossas satisfações egoístas. Saber renunciar algo para fazer o bem aos outros. Não é renunciar por si mesmo, pelo simples fato de renunciar. Porque quem faz regime também renuncia, isso não é penitência, isso é uma busca de si mesmo. A penitência verdadeira deve-se renunciar para fazer o bem ao outro, isso se reverte na caridade, na solidariedade para com o outro. Se renuncia algo que você gosta para fazer o bem, para dar algo que o outro necessita. É assim que deve ser a nossa penitência”, conta.

Já a abstinência da carne, “não da carne enquanto alimento”, o Bispo explica, “mas daquilo que nos traz força, para que possamos sentir na pele um pouquinho da  realidade daqueles que não tem o necessário de cada dia, não tem o que comer, pois muita gente não pode ter a alimentação básica necessária”.

Ao finalizar, Dom Gorgônio, pediu “que nós sejamos cada vez mais solidários com todas as pessoas que necessitam do nosso apoio, o nosso carinho e solidariedade”.

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