O Domingo de Ramos é uma das celebrações mais significativas do calendário litúrgico cristão, marcando o início da Semana Santa, período em que a Igreja vivencia os últimos acontecimentos da vida terrena de Nosso Senhor Jesus Cristo: sua Paixão, Morte e gloriosa Ressurreição.
Neste dia santo, a Igreja recorda com solenidade a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, símbolo de humildade, conforme anunciado pelo profeta Zacarias: “Eis que vem a ti o teu rei, justo e salvador, humilde, montado sobre um jumento” (Zc 9,9). A multidão o acolheu com júbilo, espalhando ramos de palmeiras e seus mantos pelo caminho, clamando: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” (Mt 21,9).
A liturgia do Domingo de Ramos é composta por dois momentos profundos: a bênção e procissão dos ramos, que manifesta a alegria do povo ao reconhecer Jesus como o Messias prometido, e a proclamação da Paixão do Senhor, geralmente retirada do Evangelho de São Mateus, São Marcos ou São Lucas, dependendo do ciclo litúrgico. Esta proclamação já nos introduz no mistério doloroso da entrega total de Cristo por amor à humanidade.
Os ramos abençoados simbolizam a vitória de Cristo e também nossa disposição em segui-lo no caminho da cruz. Por isso, neste dia, a Igreja nos convida a não sermos apenas parte da multidão que louva Jesus em sua entrada em Jerusalém, mas também discípulos fiéis que permanecem com Ele até o Calvário.
Celebrar o Domingo de Ramos é renovar nosso compromisso com o Senhor, reconhecendo-O como verdadeiro Rei e Salvador. É também um chamado à conversão e à meditação profunda sobre o mistério pascal, centro da fé cristã.
Assim, ao levantarmos nossos ramos com fé, proclamamos com a Igreja: “Hosana ao Filho de Davi!”, certos de que aquele que entrou em Jerusalém para sofrer por nós é o mesmo que venceu a morte e nos abriu as portas da vida eterna.
