Ao receber na manhã desta sexta-feira (11), os participantes no encontro da Fundação para o desenvolvimento sustentável sobre justiça ambiental e mudanças climáticas, em curso em Roma, o Papa reiterou que diante destes desafios o homem é chamado a responder também de maneira individual a partir de uma mudança de comportamentos ultrapassados. Francisco recordou ainda que aqueles que mais sofrem as graves implicações sociais das mudanças climáticas são os mais pobres.
“Por isso, a questão do clima é uma questão de justiça; e também de solidariedade, que da justiça não pode ser jamais separada. Está em jogo a dignidade de cada um de nós, como povo, como comunidade, como homens e mulheres”, advertiu o Pontífice.
Mudança de paradigma individual
Ao repropor algumas reflexões da encíclica Laudato si, o Papa destacou que a ciência e a tecnologia dão à humanidade “poderes sem precedentes”. Aqui Francisco exprime sua convicção de que é um “dever de todos” que estas ferramentas sejam utilizadas pelo bem da humanidade e das gerações futuras.
“Cada um é chamado a responder pessoalmente, na medida que lhe compete com base no papel que tem na família, no mundo do trabalho, da economia e da pesquisa, na sociedade civil e nas instituições”.
Justiça ambiental
Ao destacar que os participantes do encontro provêm de realidades distintas, Francisco exortou-os a promover um diálogo participativo, inclusivo e integral que represente as partes frequentemente relegadas à margem dos processos institucionais.
“Faço a todos um convite urgente para que nas mesas nas quais se busca uma solução para resolver esta única e complexa crise socioambiental, escute-se também a voz dos mais pobres, países e seres humanos: este também é um dever da justiça ambiental”.
Por fim, o Papa, citando a conferência mundial do Clima de Paris, em novembro, exortou os presentes para que este diálogo possa se “transformar em uma autêntica aliança que leve a acordos ambientais globais realmente significativos e eficazes”.