Morre dom Armando Cirio, aos 98 anos

Faleceu na noite de ontem, 11, o arcebispo emérito da arquidiocese de Cascavel (PR), dom Armando Cirio, aos 98 anos. Desde o início do mês, ele estava internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensiva) para tratamento de um quadro grave de pneumonia, não resistindo a uma parada cardíaca, após complicações respiratórias.

Dom Armando era natural de Calamandrana (Itália), sendo considerado o bispo mais antigo do Brasil. Aos 18 anos, proferiu os votos religiosos na Congregação dos Oblatos de São José (OSJ), sendo ordenado sacerdote em 29 de junho de 1940, em Asti (Itália).

Foi nomeado bispo pelo papa João XXIII, em 14 de maio de 1960, escolhendo como lema “Arder e Iluminar”. Durante sua trajetória no episcopado foi bispo de Toledo (PR) de 1960 a 1978; bispo de Cascavel até 1979, sendo nomeado arcebispo da recém criada arquidiocese de Cascavel (PR), onde permaneceu por 16 anos.

Velório e sepultamento

O corpo de dom Armando está sendo velado na catedral Nossa Senhora Aparecida de Cascavel, durante o dia, com homenagens de despedidas e missas a cada duas horas. Nesta manhã, o arcebispo emérito de Cascavel (PR), dom Lúcio Ignácio Baumgaertner, presidiu missa de corpo presente. Amanhã, 13, haverá a celebração das exéquias às 15h e, em seguida, sepultamento na cripta da Catedral Metropolitana.

Missão intensa

Em 1947, chegou ao Brasil e exerceu a função de vigário na cidade Botucatu, no interior de São Paulo e também em Apucarana (PR). Ordenou mais de 80 padres, entre eles o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer. O arcebispo de Cascavel, dom Mauro Aparecido dos Santos, recorda a trajetória de dom Armando no episcopado, que teve atuação dedicada na evangelização na Igreja no Brasil.

“Dom Armando foi desbravador da fé no Oeste do Paraná, durante mais de 53 anos. O que me deixa impressionado é que para ele não havia empecilhos, não se acovardou diante dos desafios da época. Deixa para nós como legado a coragem e o exemplo da vontade de servir e vencer os obstáculos”, disse dom Mauro. O arcebispo conta que dom Armando queria viver até os 100 anos. Recentemente, antes de ser internado, escreveu dois novos livros, nos quais retrata as histórias das dioceses de Toledo e Cascavel.