NÃO À GUERRA EM NOME DE DEUS! APELA O PAPA PELO FIM DA VIOLÊNCIA NO NÍGER

No final da audiência geral desta quarta-feira dia (21), o Papa Francisco lançou um apelo pelas vítimas das manifestações violentas no Níger que atingem as comunidades cristãs onde morreram pelo menos 10 pessoas e mais de 40 igrejas foram destruídas:

Caros irmãos e irmãs,

Gostaria agora de convidar-vos a rezar juntos pelas vítimas das manifestações destes últimos dias no amado Níger. “Invoquemos do Senhor o dom da reconciliação e da paz, porque nunca o sentimento religioso se torne ocasião de violência, de prepotência e de destruição. Não se pode fazer a guerra em nome de Deus. Desejo que o mais depressa possível se possa restabelecer um clima de respeito recíproco e de pacífica convivência para o bem de todos.”

Entretanto também o Arcebispo Dom Savio Hon Tai-Fai, Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, enviou uma mensagem de proximidade e solidariedade aos agentes pastorais e aos fiéis da Igreja Católica no Níger depois dos recentes graves episódios de violência que resultaram em Igrejas e conventos assaltados e incendiados, e uma dezena de mortos.

“A Congregação para a Evangelização dos Povos tomou conhecimento, com profunda tristeza, o saque sistemático de que foram objeto as Igrejas cristãs, especialmente as católicas, no vosso país. Seguindo com particular atenção e grande preocupação a situação em que vos encontrais desde o fim da semana passada, a Congregação para a Evangelização dos Povos, diante das enormes perdas registadas e a desolação causada pelos eventos destes dias, quer exprimir a sua proximidade espiritual, a sua comunhão e a sua solidariedade”.

“A Congregação – continua a mensagem – vos garante a sua preocupação e as suas orações pelas vítimas desta situação de violência e pelas suas famílias. Além disso, apela para o sentido de responsabilidade das autoridades políticas, civis e militares, para que através das vias de diálogo se empenhem a restaurar a paz e pôr um fim definitivo à violência contra os cristãos”.

A mensagem termina recordando as palavras do Papa Francisco, “não se pode, absolutamente, causar a morte e sofrimento em nome de Deus, nem justificar a violação das liberdades fundamentais da pessoa humana”