Santa Sé defende mudança de paradigma contra o tráfico humano

Realizou-se na sexta-feira, em Roma, um Seminário de estudo em vista do Dia Mundial de Oração contra o Tráfico Humano. Este Dia foi instituído pelo Papa Francisco três anos atrás e se celebra em 8 de fevereiro, festa de Santa Josefina Bakhita.

O evento, realizado na Pontifícia Universidade Gregoriana, foi organizado pela Rede  contra o tráfico Talitha Kum, promovida pelas congregações religiosas femininas. O tema desta terceira edição do Dia de oração é dedicado aos menores de idade: “São crianças, não escravos!”.

“A escravidão foi abolida dois séculos atrás, mas de fato jamais tivemos tantos escravos como hoje, e nunca custaram tão pouco; a vida humana vale ainda menos”, constatou a Ir. Gabriella Bottani, coordenadora de Talitha Kum, que adquiriu experiência neste campo como missionária no Brasil.

Santa Sé

O Prefeito do novo Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Card. Peter Turkson, foi convidado a falar sobre o empenho da Santa Sé para combater esta chaga social.

«É um problema que sempre acompanhamos, mas agora dedicamos um escritório específico do Pontifício Conselho para o tema do tráfico”, disse o Cardeal ganês, contando que o Papa Francisco segue pessoalmente as problemáticas que dizem respeito aos migrantes, refugiados e vítimas do tráfico humano.

“Devemos mudar o paradigma do desenvolvimento, devemos construir um novo para poder enfrentar esses problemas”, acrescentou o Card. Turkson, afirmando que os acordos internacionais não são capazes de acabar com o tráfico.